Sei bem que gente talentosa para nos causar orgulho, temos de sobra. Tantas, que nem sempre temos notícia do que andam fazendo por aí, levando o nome de nossa cidade – e de nossa nação –, para mostrar o tanto de competência, de que somos capazes.
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Assim sendo, a partir da coluna de hoje, me propus o desafio de trazer alguns desses rostos, que sei que muito bem nos representam mundo afora.
Pelos muitos cantos do mundo
Patrick Kruel Schmidt, guri de Santa Maria que, com orgulho, me dou ao luxo de chamar de amigo. Mas não é por isso que Patrick merece que dedique a ele essas linhas, e sim por seu talento e pelo tanto que conquistou.
Da formação no Colégio Marista e depois no Cilon Rosa, se solidificou nossa amizade, forjada também pelo amor a música. Algo que, no caso de Patrick, devemos antes atribuir ao seu pai, o doutor Norton Schmidt, que lhe apresentou apenas dos bons e dos melhores, para conhecer e apreciar. De Simonal a Sinatra, mesmo ainda menino, Patrick sempre teve elaborado gosto musical, dedicando minuciosa atenção ao ouvir os intérpretes mais célebres. Tanto que resolveu cantar.
De uma carreira em Medicina que já se prenunciava, preferiu a formação na música, no canto lírico. Iniciando pela nossa UFSM, passando por faculdade no Rio de Janeiro e então, rumando aos Estados Unidosda América, país onde reside e trabalha até hoje. Importante mencionar, chegando até lá graças e sua ferrenha força de vontade e dedicação, e com o inestimável auxílio de sua mãe Elizabeth Kruel, que muito se empenhou em contribuir para que sua jornada fosse possível, sou testemunha.
Lá se vão 30 anos passados, hoje, o Dr. Schimdt é PhD em Música, tendo passagem laureada por universidades de prestígio inconteste, como a Universidade de Princeton e Universidades na Flórida, Canadá, Helsinque, e tantas outras dentre as maiores do mundo. Aliás, o local onde hoje se encontra, a Universidade de Columbia, em Nova York – onde ocupa assento na Teachers College, sendo responsável pela formação de futuros professores e participando da gestão de um dos mais antigos e importantes centros de ensino do mundo –, por si só nos mostra a relevância do moço que saiu de Santa Maria para mostrar o quanto temos gente de valor pelas bandas de cá.
Recentemente, o destino nos reuniu novamente, e reencontrei Patrick junto de sua querida esposa, a também PhD e professora de pós-graduação em Currículo e Instrução, Cathy Benedict, um doce de pessoa com quem divide sua vida e projetos há mais de 18 anos. E o que me foi mais precioso nesse encontro foi perceber que, apesar de tantos anos se passarem, e a vida o levar tão longe, no topo de sua carreira acadêmica, lá estava ele, em seu confortável escritório, sentado sobre um pelego gaúcho, e rodeado de relíquias vindas de Santa Maria e do nosso Rio Grande.
“Sangue não é água”, e orgulho gaúcho, o tempo não apaga, só aumenta. Orgulho como o que devemos dedicar a pessoas como o Patrick e tantos outros que espero trazer aqui nesse espaço, de onde espero que possa fazer ecoar o reconhecimento a pessoas como ele, para que mais de nós tenhamos nesses exemplos, inspiração, para acreditarmos que nossos sonhos são possíveis, basta que trabalhemos forte e incansavelmente para realizá-los.
Abraço meus conterrâneos.